Os principais pilares para o tratamento do Diabetes envolvem a terapia medicamentosa, alimentação e atividade física regular.

É possível aderir apenas o tratamento medicamentoso e mesmo assim, apresentar alterações na glicemia. Segundo os estudos, uma menor adesão às recomendações nutricionais está associada a um controle glicêmico pobre, com flutuações da glicemia ao longo do dia, especialmente quando não é devidamente controlada. 

O controle glicêmico estável pode ser alcançado por meio de um equilíbrio entre a abordagem farmacológica e nutricional realizado por profissionais da área, como médicos e nutricionistas.

Ainda não há consenso sobre qual é a melhor dieta para o diabético, sendo necessária a individualidade. De qualquer forma, existem algumas referências na literatura que recomendam estratégias mais promissoras, como a Dieta Mediterrânea, Dieta Vegana para alguns grupos específicos, Dietas Low Carb ou Dietas baseadas em índices glicêmicos. 

As evidências mais fortes incluem o consumo de alimentos na dieta como: 

• Cereais integrais,  como pão integral, arroz integral, macarrão integral, milho, aveia e quinoa;
• Leguminosas, como feijão, soja, grão-de-bico, lentilha e ervilha;
• Legumes, como alface, tomate, rúcula, agrião, acelga, abóbora, vagem e cebola;
• Proteínas com pouca gordura, como peixe branco, frango, tofu; ovos e carne bovina magra, como músculo e patinho;
• Frutas, priorizando as frescas, com casca e inteiras, em pequena porção e preferencialmente as de baixo índice glicêmico, como morango, maçã, pera, ameixa, mirtilo, limão e tangerina;
• Gorduras saudáveis, como óleo de abacate ou de semente de uva e azeite extra virgem;
• Oleaginosas, como castanha, amendoim, avelã, nozes, castanha-do-pará e amêndoas;
• Sementes, como chia, linhaça, gergelim ou abóbora;
• Laticínios com pouca gordura, como leite desnatado, iogurte natural desnatado e queijos brancos como ricota, queijo Minas e cottage.
• Bebidas vegetais, como leite de soja, de aveia, de arroz, de amêndoa e de avelã

Já no caso dos tubérculos como batata, batata-doce, mandioca e inhame, são alimentos saudáveis ​​que contêm carboidratos e podem ser consumidos na dieta, mas em pequenas porções. 

A quantidade e a qualidade dos carboidratos são importantes para o controle glicêmico dos pacientes diabéticos, por isso é necessário conhecer o índice e a carga glicêmica deles para compreender a resposta glicêmica do alimento após ser consumido. Os alimentos com alto índice glicêmico causam rápida elevação da glicose sanguínea, enquanto os alimentos com índice glicêmico mais baixo causam elevação mais lenta da glicose, o que pode ser útil no tratamento da diabetes. 

Outro fator importante é a combinação de um alimento de alto índice glicêmico com algumas gorduras e proteínas levará uma elevação mais lenta da glicose sanguínea. 

Uma dica interessante é que a ordem da ingestão dos alimentos consumidos durante uma refeição, afeta o pico de glicose no sangue como por exemplo, comer primeiro vegetais e alimentos ricos em proteínas e posteriormente, alimentos ricos em carboidratos auxilia na redução da glicemia também.  

É importante também fazer de 5 a 6 refeições por dia, com intervalo de cerca de 4 horas entre elas, para evitar a hipoglicemia, que é quando os níveis de glicose caem no sangue causando tonturas, desmaios ou convulsões. 

Alimentos açucarados (bolo, geleias, biscoitos recheados, refrigerantes…), carnes processadas como embutidos, bebidas alcóolicas, laticínios ricos em gorduras, cereais refinados como arroz branco, macarrão branco, tapioca, amido de milho devem ser evitados. 

Já para aqueles que apresentam resistência á insulina, algumas estratégias se diferenciam da abordagem do diabetes como o cuidado com o consumo de proteínas, já que alguns aminoácidos estimulam ainda mais a secreção da insulina, condição essa, que está aumentada em pacientes com resistência. 

Assim, é aconselhado consultar um nutricionista para fazer uma avaliação nutricional completa e elaborar um plano alimentar individualizado com acompanhamento nutricional contínuo!

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